A necessidade de diversificar as carteiras de investimento está impulsionando uma maior exposição a ativos alternativos entre os family offices, segundo revela uma nova pesquisa global da Ocorian, provedora internacional especializada em serviços para indivíduos de alto patrimônio, family offices, instituições financeiras, gestores de ativos e empresas.
O relatório realizado pela Ocorian, conduzido entre membros de famílias, altos funcionários de family offices e intermediários que trabalham com eles, com uma riqueza total de 68,26 bilhões de dólares, conclui que os gestores de fundos planejam aumentar sua exposição a todas as principais classes de ativos alternativos, sem que nenhum deles planeje reduzi-la. Além disso, destaca que a infraestrutura é a área que provavelmente verá os maiores aumentos nos próximos dois anos: quase dois terços (64%) dos gestores de investimentos de family offices esperam aumentar suas alocações entre 25% e 50%. Um pouco mais de um quinto (22%) planeja aumentos semelhantes no setor imobiliário, enquanto um terço (32%) prevê aumentar sua alocação em dívida privada em proporção parecida. Cerca de 21% esperam fazer o mesmo em private equity.
O documento conclui que o principal motivo para aumentar as alocações é a diversificação oferecida pelos ativos alternativos, superando a maior transparência dessa classe de ativos. A capacidade de alguns deles, como a infraestrutura, de gerar receitas foi avaliada como o terceiro benefício mais importante de investir em alternativas. Além disso, o bom desempenho recente ficou em quarto lugar entre os fatores que atraem os gestores de family offices para investimentos alternativos, seguido pela maior variedade disponível no setor (quinto lugar) e pela capacidade de certos ativos alternativos de proteger contra a inflação (sexto lugar).
A tabela a seguir apresenta os aumentos previstos nas alocações a ativos alternativos por parte de gestores de family offices entrevistados em 13 países ou territórios, incluindo Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Singapura, Suíça, Hong Kong, África do Sul, Arábia Saudita, Maurício e Bahrein.
“Estamos vendo uma clara aceleração na mudança em direção aos investimentos alternativos, tanto em mercados maduros quanto emergentes de family offices. No Caribe e na América Latina, os family offices estão adotando cada vez mais estratégias de diversificação global sem perder de vista as oportunidades regionais. As Ilhas Cayman, reconhecidas há muito tempo como uma jurisdição de referência para a estruturação sofisticada de family offices, continuam atraindo famílias que buscam estabilidade, inovação e soluções transfronteiriças. Da mesma forma, nossos clientes na Ásia demandam mais transparência, controle e desempenho — tudo o que os ativos alternativos estão bem posicionados para oferecer”, comenta Simona Watkis, Head of Private Client nas Ilhas Cayman.
Por sua vez, Vince Calcagno, Head of US Growth na Ocorian, afirma: “Os family offices, à medida que amadureceram nas últimas duas décadas, comportam-se mais do que nunca como investidores institucionais, buscando formas baseadas em dados e operacionalmente eficientes de acessar e monitorar os investimentos alternativos. À medida que a complexidade desses investimentos aumenta, também cresce a necessidade de soluções sofisticadas — especialmente o serviço de CFO terceirizado — que proporcionem a clareza financeira e o controle que as famílias exigem. Seja infraestrutura, crédito privado ou setor imobiliário, o essencial é apoiar as famílias com a tecnologia e o conhecimento adequados para avaliar retornos, gerenciar riscos e planejar estrategicamente entre gerações.”
A equipe especializada em family offices da Ocorian oferece uma abordagem integral e sem falhas aos desafios e oportunidades enfrentados pelas famílias. Seu serviço baseia-se em relacionamentos pessoais de longo prazo, sustentados por um profundo entendimento do que realmente importa para os clientes de family offices. Sua presença global permite à Ocorian fornecer estruturas e serviços sob medida para famílias internacionais, independentemente de onde residam.
Por Pedro Pligher
