Segundo a última pesquisa realizada pela CrossLedger Capital, 90% dos investidores profissionais buscam abordagens inovadoras para gerenciar os rendimentos de ativos digitais, e 20% querem inovação com um controle rigoroso de risco, enquanto 68% estão explorando a inovação apesar de terem aversão ao risco. O estudo, realizado com fundos de pensão, gestores de patrimônio, gestoras, family offices e hedge funds de 13 países, mostra que não se trata apenas de ter acesso aos ativos digitais, mas de como abordá-los.
Essa busca dos investidores começa a se alinhar com as firmas de investimento, já que, segundo os dados da pesquisa, apenas 10% das empresas — provenientes dos EUA, Reino Unido, EAU, UE, Brasil, Singapura, Coreia do Sul, Suíça e Hong Kong — mostraram-se céticas em relação aos ativos digitais ou preferiram estratégias de crédito tradicionais. Além disso, 82% acreditam que é essencial ou importante que as questões operacionais sejam gerenciadas por um parceiro externo confiável na hora de adotar novas soluções de investimento geradoras de rendimento.
Outro dado relevante é que 83% afirmam que a disponibilidade de dados transparentes e referências independentes é essencial ou importante ao considerar uma nova estratégia de investimento. Segundo as conclusões da pesquisa, a transparência do ativo subjacente e do tomador é considerada o fator mais importante para a confiança na hora de alocar recursos em novas plataformas ou estratégias de investimento — 73% destacam esse ponto —, enquanto 70% ressaltam a importância do compliance integrado e dos relatórios KYC. Cerca da metade (46%) afirma que auditorias ou avaliações de rendimento realizadas por terceiros lhes dariam mais confiança para investir.
«Os investidores institucionais estão adotando rapidamente os ativos digitais como uma classe de ativos e ampliando seu foco em estratégias de rendimento digital. A gestão das posições em ativos digitais e a maximização dos retornos ainda podem ser complexas e desafiadoras para investidores institucionais e gestores de patrimônio e, claramente, eles ainda estão preocupados com os riscos, o que destaca a necessidade de contar com parceiros externos confiáveis», afirma Graham Cooke, CEO e fundador da Brava.
Na opinião de Fiona King, diretora-geral da CrossLedger Capital, «estamos vendo um número crescente de instituições tradicionais buscando ativamente alternativas ao crédito corporativo. Um fundo de crédito baseado em stablecoin tem se mostrado uma solução atraente, pois oferece maior transparência, liquidação mais rápida e a possibilidade de obter rendimentos interessantes e não correlacionados».