O mercado brasileiro de tokenização avança para uma nova etapa com o lançamento da segunda edição do Brazil Tokenization Report, elaborado pela Nexa Finance e pela Fintrender. O estudo reúne dados exclusivos, análises e casos de uso que retratam a consolidação do país como liderança regional em ativos digitais. Ele pode ser baixado aqui.
O relatório introduz o conceito de “momento de convergência” — a tese de que, em 2025, regulação, tecnologia, instituições e modelos de negócio se alinham para viabilizar a adoção em larga escala da tokenização. Segundo o documento, essa convergência já se reflete em “produtos, fluxos reais e operações em escala”.
“A evolução do mercado em apenas um ano é impressionante. Já temos mais de US$ 1 bilhão em ativos tokenizados no Brasil, e essa edição mostra claramente como o país assumiu a liderança na América Latina,” afirma Lucas Danicek, CEO da Nexa. “O relatório não apenas informa, mas também inspira decisões estratégicas — é um marco para o setor.”
A nova edição contou com a colaboração de mais de 100 parceiros, incluindo plataformas, instituições financeiras, especialistas e startups. O estudo destaca que a combinação de “regulação clara, engajamento institucional e inovação tecnológica” está transformando o ecossistema brasileiro.
“Tokenização já é uma realidade que veio para ficar, e o Brasil não está apenas acompanhando — está ajudando a definir os rumos. Essa edição reforça a tese de que estamos diante de uma mudança estrutural nos mercados financeiros,” afirma Gustavo Cunha, fundador da Fintrender e coordenador editorial do relatório.
O levantamento mostra sinais de maturidade no setor. A regulação, apontada no ano anterior como o principal entrave, deixou de ser o foco central. O novo desafio, segundo as plataformas de tokenização, é a falta de conhecimento por parte do mercado institucional. O estudo aponta que o debate começa a migrar de “framework legal” para “educação e engajamento de instituições”.
Entre distribuidores de investimento — como assessorias, consultorias e escritórios independentes —, o relatório registra uma mudança de percepção. Customização (75%) e redução de custos (75%) são hoje os principais benefícios associados à tokenização, indicando um uso mais estratégico dos ativos digitais para ganho de eficiência e personalização.
No segmento de venture capital, mais de 70% dos gestores que atuam no Brasil afirmaram já ter investido em digital assets, totalizando mais de US$ 100 milhões em aportes. O dado reforça a posição do país como um dos ecossistemas mais dinâmicos da América Latina na construção de infraestrutura financeira digital.
O relatório também destaca o papel das stablecoins como vetor de adoção tecnológica em 2025. A clareza regulatória trazida pelo GENIUS Act, nos Estados Unidos, vem reduzindo incertezas jurídicas e impulsionando novos produtos financeiros digitais. De crédito estruturado a imóveis tokenizados, os casos brasileiros “não apenas acompanham, mas definem padrões globais”.
“O mercado vive uma transformação tecnológica comparável à migração do pregão viva-voz para o eletrônico — um avanço que redefine a experiência do investidor e abre uma nova fronteira de oportunidades para o mercado financeiro,” afirma Caue Duarte, sócio da Nexa e coordenador do relatório.
