A utilização de múltiplos índices de referência é realizada por 41% dos proprietários de ativos globais, enquanto 59% ainda empregam apenas um. Estes são os resultados da “Pesquisa sobre o desempenho dos proprietários de ativos segundo as normas GIPS”, realizada pelo Subcomitê de Proprietários de Ativos das Normas GIPS e pelo CFA Institute Research, associação global de profissionais relacionados à gestão de investimentos, de 2024.
As normas GIPS são padrões éticos para calcular e apresentar o desempenho dos investimentos, baseadas nos princípios de representação justa e divulgação completa da informação. Nos últimos anos, aumentou o número de proprietários de ativos que optam por estas normas. 24 dos 25 gestores mais relevantes do mundo afirmam cumprir as normas GIPS na totalidade ou em parte na apresentação de seus retornos.
A pesquisa mostra que 93% dos entrevistados têm algum grau de familiaridade com os padrões de medição de desempenho GIPS e que 67% dos fundos soberanos pesquisados cumprem os padrões GIPS, “o que demonstra que os padrões GIPS são de extrema importância para investidores sofisticados que administram grandes volumes de investimentos em nível global”. Segundo o estudo, mais de dois terços (68%) exigem ou indagam sobre o cumprimento das normas GIPS ao selecionar gestores externos de classes de ativos líquidos, e 19% exigem a declaração de cumprimento para a seleção.
“Em comparação com o relatório de 2020, há mais proprietários de ativos que afirmam cumprir os padrões GIPS, que planejam fazê-lo no futuro e que perguntam sobre seu cumprimento às empresas contratadas para administrar investimentos, o que demonstra uma maior demanda por apresentar desempenhos financeiros de forma transparente e justa”, afirma Hugo Aravena, presidente da CFA Society Chile. Além disso, 8% exigem que seus gestores externos de ativos não líquidos declarem o cumprimento das normas GIPS, enquanto 41% deles exigem ou indagam sobre o cumprimento das normas GIPS na seleção de gestores externos.
Por fim, 59% dos investidores indicam que já apresentam os retornos exigidos pelas normas GIPS (ou seja, retornos líquidos de taxas e custos) ao seu órgão de supervisão. “Estamos conscientes da necessidade de avançar na apresentação de indicadores de risco e retorno que cumpram com padrões internacionais, de forma que os investidores possam contar com informações mais transparentes, completas e padronizadas que facilitem sua comparação entre diferentes alternativas semelhantes de investimento”, conclui Aravena.