A FUNCEF, fundação dos funcionários da Caixa Federal e terceiro maior fundo de pensão de país, com R$ 118 bilhões (US$ 21 bilhões) sob gestão concluiu o processo de seleção de gestor terceirizado para a gestão de um fundo de investimentos no exterior e escolheu a Morgan Stanley. A gestora será responsável pelo mandato em parceria com a XP Allocation, que fará a operacionalização do fundo no Brasil, anunciou a entidade na última quinta-feira (25).
O processo foi iniciado em setembro, após o anúncio do encerramento das operações da Schroders no Brasil, que até então respondia pela gestão dessa parcela dos investimentos internacionais da FUNCEF. Atualmente, a fundação mantém cerca de R$ 2 bilhões (US$ 363 milhões) aplicados fora do país. Em 2024, esses investimentos registraram rentabilidade de 37,35%.
“O RFP [pedido de propostas, na sigla em inglês] recebeu mais de 30 proposições, que foram analisadas rigorosamente pelas equipes de gestão, risco e conformidade da FUNCEF, seguindo a Política de Investimentos dos Planos de Benefícios de Contribuição Definida administrados pela FUNCEF para 2025-2029”, afirmou o diretor de Investimentos e Participações em exercício da FUNCEF, Fabiano Nogueira.
O mandato do fundo soma R$ 480 milhões em ativos e será gerido pelo Portfolio Solutions Group, área da Morgan Stanley dedicada a portfólios globais multiativos e mandatos exclusivos. De acordo com a fundação, conforme previsto no pedido de propostas, a empresa conta com a estrutura global da Morgan Stanley para a gestão de ativos e controles de risco.
Fundada nos Estados Unidos há 90 anos, a Morgan Stanley atua em 42 países, possui mais de 80 mil funcionários e cerca de US$ 8,2 trilhões sob gestão. No Brasil, a instituição está presente há mais de 20 anos, prestando serviços em diferentes segmentos do mercado financeiro.
“A contratação visa à substituição da gestão de um dos fundos de investimento no exterior já constituídos, está alinhada às melhores práticas de mercado, de forma a delegar mandato a um gestor especializado em alocação global, seguindo as diretrizes específicas para fundos de pensão e ainda os limites estabelecidos pela FUNCEF”, acrescentou Fabiano Nogueira.
O gerente de Renda Variável e Investimentos Offshore da FUNCEF, Odirley Rios, destacou a evolução do mercado brasileiro de gestão de recursos no exterior. Segundo ele, o segmento conta atualmente com “processos e equipes extremamente qualificadas para as demandas e especificidades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), que trabalham com resultados a longo prazo para garantir os pagamentos dos benefícios de aposentados e pensionistas”.
“A alocação internacional é imprescindível na gestão de portfólios, pois, além de ser fonte de diversificação de ativos, proporciona a redução de riscos, investimentos em moedas fortes e acesso a ativos e setores não disponíveis no mercado local”, afirmou Rios.



