Crescimento, diversificação, inovação, eficiência e investimentos seletivos para oferecer um valor atrativo aos acionistas são as prioridades às quais o novo plano estratégico 2025-2028 da Amundi dá prioridade. A gestora estabeleceu seis estratégias que lhe permitam alcançar seu objetivo de superar os 300.000 milhões de euros em entradas líquidas até 2028.
“Graças à execução do nosso plano estratégico Ambitions 2025, reforçamos nossa posição como gestora de ativos líder na Europa e um dos oito principais atores a nível mundial, diversificando nossas fontes de crescimento e aproveitando nossa trajetória de criação de valor desde nossa abertura de capital há dez anos”, reconhece Valérie Baudson, CEO da empresa.
Na sua opinião, atualmente a gestora se beneficia de um modelo de negócio atrativo, que combina soluções de investimento integrais, um poder de distribuição sem igual e uma excelência comprovada na execução estratégica, com o apoio de equipes talentosas e comprometidas. “Graças a essa potente plataforma, continuaremos liderando o caminho, aproveitando as oportunidades oferecidas pelas mudanças demográficas e pelas tendências estruturais no setor de poupança e investimento”, acrescenta.
Com seu novo plano estratégico, Baudson espera alcançar maior crescimento e uma eficiência líder no setor, tendo a inteligência artificial como um dos facilitadores, ao mesmo tempo em que investe no fortalecimento contínuo das soluções e inova em tecnologia e digitalização para antecipar as necessidades do mercado. “Investir no futuro criará valor a longo prazo para todas as partes interessadas, incluindo nossos acionistas, que se beneficiarão de um compromisso de pagamento atrativo durante o período do plano e de um foco contínuo na busca de oportunidades de crescimento externo disciplinadas e rentáveis”, afirma a CEO.
Novos clientes e expansão geográfica
Sob o lema “Investir no futuro”, a Amundi se concentrará em seis prioridades estratégicas, que gerarão conjuntamente mais de 300.000 milhões de euros em entradas líquidas até 2028. A primeira dessas prioridades será “acelerar a diversificação de clientes, concentrando-se em segmentos de alto potencial: aposentadoria e digital”.
Nesse sentido, sua meta é que as soluções de aposentadoria gerem mais de 100.000 milhões de euros em entradas líquidas até 2028, aproveitando a mudança dos planos de benefícios definidos para os de contribuições definidas e a demanda por soluções individualizadas por parte de distribuidores e gestores patrimoniais. Para isso, a Amundi criou uma nova linha de negócios dedicada a consolidar sua liderança no mercado francês e italiano e ampliar sua oferta no norte da Europa e na Ásia, combinando estratégias públicas e privadas. E pretende capacitar os investidores com soluções de investimento, formação, serviços e tecnologia sob medida.
Para alcançar essa maior diversificação de clientes, colocará o foco no canal de distribuição digital. Sua intenção é aumentar os clientes digitais em 50% até 2028, apoiando os atores digitais para que avancem na cadeia de valor da poupança em direção aos clientes de gestão patrimonial, ampliando sua proposta de investimento e ajudando os bancos tradicionais a digitalizar ainda mais sua oferta para os clientes.
Sua segunda prioridade é “ampliar o alcance geográfico para captar o crescimento na Ásia, Europa e regiões com alto potencial”. Em concreto, a empresa quer captar na Ásia mais de 150.000 milhões de euros em entradas líquidas até 2028, aproveitando sua forte presença regional que combina presença direta robusta e joint ventures, “assim como capacidades globais e locais únicas para instituições financeiras e públicas líderes”.
Mas também quer crescer na Europa, principalmente nas principais praças e com um enfoque estratégico para captar participação de mercado no norte da Europa, concentrando-se no Reino Unido, Alemanha, Benelux e países nórdicos. Além disso, considera que regiões como Oriente Médio, América Latina e África têm alto potencial graças à crescente atividade dos clientes nessas zonas.
Inovação e tecnologia
Sua terceira prioridade é “impulsionar a inovação em soluções mediante o investimento em ativos de gestão ativa, passiva e privada”, defendendo um enfoque concreto para cada uma dessas áreas. Por exemplo, no que diz respeito à gestão ativa, a gestora pretende simplificar e ampliar por meio do crescimento dos fundos emblemáticos, do desenvolvimento de novas estratégias de alto potencial, soluções quantitativas e personalizadas, e da criação de soluções inovadoras, entre outras coisas por meio de iniciativas de tokenização e ativos digitais.
No caso dos ETFs, seu objetivo é ampliar a liderança europeia aproveitando uma plataforma escalável para oferecer inovação em produtos centrada no cliente e desbloquear novas fontes de receita. Para isso, planeja lançar 100 novos ETFs até 2028 e criar uma nova linha de negócios dedicada aos ETFs ativos e de marca branca.
“Aproveitar o crescimento da participação dos investidores de varejo, capitalizando a experiência da Amundi na distribuição para esse segmento, mediante maiores sinergias com o Crédit Agricole e uma oferta reforçada após a integração da Alpha Associates e a nova parceria com o líder de mercado ICG anunciada hoje”, acrescentam sobre o investimento em ativos privados.
Por fim, quer aproveitar a liderança global e diferenciadora com inovação contínua em financiamento misto, adaptação climática, capital natural e administração.
Em relação ao seu quarto eixo, a gestora pretende ativar a folha de rota tecnológica para se tornar a solução preferida na Europa e na Ásia. Para isso, quer duplicar as receitas da Amundi Technology até 2028, aproveitando uma oferta diversificada que atende a mais de 80 clientes em mais de 15 países, e aproveitar as importantes oportunidades do mercado tecnológico de gestão patrimonial, apoiando-se na aquisição da Aixigo e nas novas ofertas, como Data-as-a-Service e o estúdio próprio de IA da Amundi.
Otimização e crescimento
Como quinta prioridade, a gestora quer otimizar seu modelo operacional para aumentar a eficiência e redirecionar recursos para áreas de crescimento, o que passa pela simplificação, pela aposta em soluções de IA e pela realocação de recursos. “Racionalizar o modelo organizacional e operacional, como demonstram a recente fusão da CPR e da BFT Investment Managers e a otimização da estrutura multiactivos europeia. Aproveitar a plataforma própria de IA para apoiar a otimização de processos, criar valor para o cliente e reduzir o gasto externo, implementando 50 aplicações em grande escala até 2028 e convertendo 100% do acesso à plataforma de IA em 80% de usuários habituais entre o pessoal. E redirecionar os recursos para áreas de crescimento e prioridade (tecnologia, Ásia, aposentadoria, passivos, distribuição a terceiros, ativos privados)”, aponta como principais medidas.
Por fim, e como sexta prioridade, a Amundi quer investir para “criar valor”. Segundo explica, isso se concretiza em investir 800 milhões de euros em iniciativas de crescimento orgânico durante o horizonte do plano nas áreas prioritárias e observar oportunidades de crescimento externo. “Continuar buscando oportunidades de crescimento externo que fortaleçam e diversifiquem as atividades. Manter um nível adequado de capital para oportunidades de fusões e aquisições e flexibilidade para devolver o excesso de capital aos acionistas na ausência de oportunidades que cumpram critérios comerciais e financeiros estritos”, afirmam desde a gestora.
Para Nicolas Calcoen, Deputy Chief Executive Officer, desde sua abertura de capital, a gestora desenvolveu de forma constante suas prioridades estratégicas e criou novas empresas sem perder agilidade, direcionando os recursos para as oportunidades mais promissoras e mantendo uma rigorosa disciplina operacional. “Com este novo plano, voltamos a investir no futuro a longo prazo da Amundi, ao mesmo tempo que oferecemos crescimento, uma rentabilidade líder no setor e uma atrativa rentabilidade para os acionistas. Contamos com um plano de gestão de capital claro e seguimos buscando iniciativas de crescimento externo que gerem crescimento e um sólido retorno sobre o investimento, baseando-nos em nossa longa trajetória”, conclui Calcoen.



