Em um momento em que o índice de referência da bolsa chilena S&P IPSA está vivendo um rally que o levou a patamares nunca antes vistos, a última pesquisa com gestores de ativos realizada pela CFA Society Chile e pela Universidade Adolfo Ibáñez (UAI) revelou um mercado local cada vez mais otimista com os resultados corporativos no país.
Segundo informaram através de um comunicado, a pesquisa Asset Management Survey — correspondente ao segundo trimestre de 2025 — revelou que 63% dos investidores acreditam que o desempenho dos dividendos do IPSA para os próximos 12 meses será melhor.
Isso representa uma alta de 17 pontos percentuais em relação à medição anterior e marca o nível de otimismo com os lucros corporativos mais alto desde que começaram essa pesquisa, em agosto de 2022.
Por outro lado, 32% dos entrevistados preveem que o desempenho será igual ao atual e apenas 5% preveem que será inferior.
“Esse resultado está em consonância com os resultados sem precedentes que o principal índice da Bolsa de Santiago obteve durante 2025”, disse o presidente da CFA Society Chile, Hugo Aravena, na nota à imprensa.
Nesse sentido, 53% dos investidores estimam que o desempenho do próprio IPSA será superior nos próximos 12 meses, aumentando 17 pontos em relação ao trimestre anterior. Em contrapartida, 32% acreditam que seu desempenho se manterá igual, caindo 14 pontos em relação a dezembro de 2024.
Em relação às valorizações do mercado acionário, 58% dos entrevistados responderam que o IPSA está subvalorizado (12 pontos acima da pesquisa de dezembro) e 32% acreditam que está adequadamente valorizado. Uma minoria de 10% o vê como sobrevalorizado.
Risco na estratégia
Questionados sobre seus portfólios de investimento, 32% dos investidores afirmam que o risco assumido em sua estratégia de investimento está abaixo do seu benchmark, o que reflete um aumento de 13 pontos em relação ao trimestre anterior, ressaltaram os organizadores.
“Apesar do apetite por investir no IPSA, a pesquisa revela que está se consolidando a tendência de moderação na tomada de risco em relação às carteiras referenciais dos entrevistados. Por exemplo, a opção de assumir um risco maior que o benchmark cai de 33% para 16%, enquanto a opção de assumir um risco menor registrou uma alta relevante”, acrescentou Aravena na nota.
No nível dos ativos, esta edição da pesquisa com gestores registrou uma alta nas expectativas em relação aos investimentos locais. No caso da renda variável chilena, os consultados manifestaram uma expectativa favorável ou muito favorável de 56%, registrando um aumento de 19 pontos em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, 60% têm expectativas otimistas em relação à renda fixa local (23 pontos acima da pesquisa anterior).
“O entusiasmo demonstrado pelos investidores em relação aos ativos locais contrasta com os instrumentos internacionais. Nesta edição, as expectativas favoráveis em relação à renda variável de países desenvolvidos foram de 48%, representando uma queda de 19 pontos. Essa deterioração também ocorreu na renda fixa internacional, onde 44% têm expectativas favoráveis em relação a esses ativos, representando uma queda de 15 pontos”, destacou Aravena.