Em pleno processo de negociações tarifárias, a política comercial dos Estados Unidos continua sendo uma das maiores fontes de incerteza para muitos países. Na Ásia, destaca-se o acordo tarifário entre os EUA e o Japão, enquanto os mercados e os investidores esperam que a China finalize o seu. Agora, o que significa o acordado pelo governo japonês?
Para abordar esta questão, o Natixis CIB elaborou o relatório “Previsão do Banco do Japão: avanços positivos nas negociações tarifárias, mas ainda é prematuro aumentar as taxas em julho”. Nele, a entidade destaca a importância do acordo comercial em curso, lembrando que os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do Japão, o que torna especialmente relevante qualquer avanço nesta área.
Segundo a análise, as posições especulativas em torno do iene têm diminuído, o que poderia ter contribuído para a recente fraqueza da moeda japonesa. Um aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão poderia reforçar o valor do iene, ajudando assim a conter a inflação provocada pelo encarecimento das importações, que afetou negativamente os salários reais.
No entanto, o Natixis CIB também aponta que é provável que o Banco do Japão opte por não aumentar as taxas em sua reunião de 31 de julho, já que desejará esperar para avaliar com mais clareza o impacto econômico das tarifas antes de tomar uma decisão.