Em um ambiente de preços crescentes dos metais preciosos, muitos gestores de ativos buscam mecanismos mais eficientes para canalizar, financiar e distribuir a exposição a esse segmento. No fechamento de outubro de 2025, o ouro e a prata registraram altas de dois dígitos, impulsadas pela crescente incerteza econômica nos Estados Unidos e pelas expectativas de um corte de juros por parte do Federal Reserve no curto prazo. Segundo dados da TradingEconomics, o ouro superou o limite de 4.100 dólares por onça, enquanto a prata alcança 51 dólares, níveis não vistos há mais de uma década, apontam fontes da FlexFunds.

Paralelamente, os ETFs lastreados em ouro físico registraram uma demanda recorde. De acordo com o World Gold Council, somente em outubro de 2025 esses produtos captaram 8,2 bilhões de dólares em entradas líquidas, acumulando cinco meses consecutivos de fluxos positivos. Esse cenário reafirma o interesse do mercado em instrumentos que permitam uma exposição diversificada, líquida e regulada ao ciclo de alta dos metais.

Fonte: World Gold Council. Fluxos de ETF de ouro: outubro 2025
Os assessores de investimento veem nos ETFs de ouro um instrumento de proteção contra uma ampla gama de riscos, como a desvalorização do dólar americano, o aumento do endividamento público, a inflação persistente, as tensões geopolíticas e, mais recentemente, a preocupação com a independência do Federal Reserve.
Por outro lado, os futuros de metais preciosos continuam sendo instrumentos intrinsecamente voláteis: vencem periodicamente, exigem margem e são constantemente renovados. Para gestores de ativos, operar diretamente com esses contratos pode ser complexo e custoso, especialmente ao tentar integrá-los em portfólios mais amplos ou distribuir a exposição entre diferentes tipos de investidores.
Nesse contexto, a securitização de ativos (asset securitization) surge como uma alternativa estratégica para gestores que mantêm posições em futuros de metais preciosos. Por meio de um veículo de propósito específico (SPV), é possível transformar os fluxos econômicos gerados por uma carteira de derivativos em instrumentos financeiros estruturados, como notas ou tranches (senior, mezzanine e equity), simplificando a exposição e ampliando as possibilidades de distribuição.
Vantagens estratégicas para o gestor de ativos
- Simplificação operacional: A securitização permite que os gestores ofereçam exposição a metais preciosos sem que cada investidor tenha que abrir contas de futuros ou gerenciar margens ou rollovers. Internamente, o SPV administra a operação diária, enquanto a carteira é apresentada de forma clara e regulada por meio de NAV diário e regras de colateral definidas.
- Ampliação da base de distribuição durante rallies de preços: Em períodos de alta, como o atual, muitos clientes institucionais não podem ou não desejam operar diretamente com derivativos. A securitização transforma a estratégia em um produto acessível e padronizado (com ISIN), facilitando a distribuição por meio de brokers, bancos privados, plataformas e mercados secundários, permitindo ainda sua inclusão em carteiras que exigem valores mobiliários, não derivativos.
- Divisão de riscos e isolamento creditício: A carteira de futuros fica dentro do SPV, separada de outros ativos do gestor. Isso protege a exposição dos clientes contra riscos do balanço do gestor e assegura regras claras de colateral, supervisão fiduciária e auditoria. Assim, os gestores podem apresentar uma solução robusta, transparente e previsível, em vez de um portfólio de futuros complexo e operacionalmente intenso.
- Flexibilidade para produtos temáticos ou estruturados: A estrutura permite criar notas com alavancagem controlada, cupons, combinações de metais ou estratégias multimercado. Isso possibilita lançar produtos sem precisar criar um novo fundo, captando demanda específica durante períodos de alta nos preços.
- Rapidez de implementação: Ao contrário de ETFs ou fundos, os veículos de securitização permitem atuar rapidamente para capturar fluxos em momentos de alta demanda. Para um gestor, isso significa oferecer exposição imediata a metais enquanto o interesse do mercado está no auge.
- Redução de mínimos e democratização: Os futuros diretos exigem capital elevado e gestão operacional complexa. Uma nota securitizada permite reduzir o ticket mínimo, facilitando que um gestor distribua a estratégia entre diferentes segmentos de clientes profissionais e institucionais.
Comparativo: futuros diretos vs. nota securitizada

A securitização de futuros de metais preciosos oferece aos gestores um caminho para monetizar, redistribuir e escalar a exposição a commodities em um momento de forte demanda, otimizando capital, diversificando fontes de financiamento e atraindo novos investidores sem abrir mão da participação em mercados com fundamentos sólidos.
Em um ciclo no qual o ouro e a prata consolidam seu papel como ativos de proteção e geradores de retorno, a securitização representa uma ferramenta avançada de gestão que combina inovação financeira, eficiência operacional e visão estratégica — exatamente o que distingue um asset manager moderno.
Na FlexFunds, desenvolvemos um programa de securitização de ativos por meio de veículos de propósito específico (SPV) irlandeses, respaldado por provedores de primeira linha como BNY, Interactive Brokers, Morningstar e Bloomberg, permitindo distribuir estratégias de investimento de forma mais eficiente em várias plataformas de banca privada internacional.
Se desejar saber mais, não hesite em entrar em contato com um de nossos especialistas pelo e-mail info@flexfunds.com.



