A Morningstar apresentou a Classificação Medalist™ da Morningstar para fundos semilíquidos, ampliando assim sua reconhecida metodologia de classificação Medalist para o crescente segmento de veículos de investimento semilíquidos. Segundo a empresa, à medida que os mercados públicos e privados convergem e as ofertas de produtos se tornam mais complexas, essa nova classificação proporciona maior transparência e rigor na diligência devida para os mercados privados.
“Os fundos semilíquidos estão se tornando cada vez mais acessíveis e ganhando força no cenário de investimentos, mas suas estruturas específicas apresentam desafios que exigem um marco de avaliação confiável. A Morningstar tem ampla experiência em esclarecer áreas complexas do mercado. Com essa nova classificação, aplicamos a mesma abordagem rigorosa para ajudar os investidores a avaliar essas estratégias com confiança e tomar decisões bem fundamentadas”, afirma Laura Lutton, diretora global de análise de gestores da Morningstar.
Essa nova classificação amplia o Morningstar Medalist Rating – a metodologia prospectiva usada para fundos mútuos e fundos negociados em bolsa (ETFs) – para uma gama de veículos com liquidez limitada e/ou exposição a ativos de mercados privados. Segundo explicam, entre eles estão: fundos intervalares; fundos com ofertas de recompra (tender-offer funds); sociedades não listadas de investimento imobiliário (REITs); sociedades não listadas de desenvolvimento empresarial (BDCs) nos EUA; Fundos Europeus de Investimento de Longo Prazo (ELTIFs); Fundos de Ativos de Longo Prazo do Reino Unido (LTAFs); e determinados esquemas de investimento geridos domiciliados na Austrália.
Com base em sua experiência, o interesse dos investidores nessas estruturas semilíquidas tem acelerado nos últimos anos. Somente os fundos intervalares nos EUA cresceram a uma taxa anualizada de quase 40% na última década, até maio de 2024, segundo dados da Morningstar.
Funcionamento da Classificação Medalist™
A metodologia foi adaptada para considerar as estruturas distintas, restrições de liquidez e possível exposição a ativos privados desses veículos. As classificações utilizarão a escala de cinco níveis da Morningstar – ouro, prata, bronze, neutra e negativa – para expressar o grau de convicção no potencial de uma estratégia superar o mercado no longo prazo. Além disso, fornecerão orientação a investidores e analistas sobre o papel da estratégia na carteira, os riscos e os possíveis resultados em diferentes condições de mercado.
Especificamente, a Classificação Medalist da Morningstar para Fundos Semilíquidos foi desenvolvida para:
Identificar estratégias que se espera que superem os índices de referência dos mercados públicos, os índices de mercados privados e seus grupos de pares no longo prazo, bem como sinalizar aquelas que provavelmente terão desempenho inferior.
Avaliar a adequação de uma estratégia com base nos objetivos do investidor, suas necessidades de liquidez e seu perfil de risco.
Fornecer contexto essencial sobre fatores como taxas, tempo de atuação do gestor, tamanho dos ativos e abordagem de investimento.
Monitorar mudanças contínuas nas estratégias que possam ter impacto significativo no desempenho ou na sua aderência às expectativas do investidor.
Segundo a Morningstar, as classificações com base nessa nova metodologia começarão a ser atribuídas no terceiro trimestre de 2025, começando com estratégias semilíquidas domiciliadas nos Estados Unidos. Essas estratégias serão avaliadas com uma abordagem totalmente qualitativa, com a cobertura determinada pelos times de analistas da Morningstar com base em fatores como mérito do investimento, demanda do investidor e interesse do cliente. As classificações Medalist serão exibidas no Morningstar.com, bem como nos produtos da plataforma Direct, incluindo o Morningstar Direct, Direct Advisory Suite e nos fluxos de dados associados a determinados fundos intervalares.
Por Pedro Pligher
